Porque é que dançar faz bem ao cérebro?
Os benefícios sociais, emocionais e físicos associados à dança são mais do que conhecidos: e os mentais? Sabia que, para além de diminuir os níveis de stress e aumentar os níveis de serótina (e consequentemente o bem-estar geral), a dança tem a capacidade de nos tornar mais inteligentes, ao mesmo tempo que reduz o risco de demência. É o poder que a dança tem sobre o cérebro! Já dançou hoje?
Um estudo sobre a dança e o cérebro
Não é segredo nenhum que dançar faz bem à saúde, exterior e interior! O estudo sobre os efeitos fantásticos que a dança tem sobre o cérebro esteve a cargo do “New England Journal of Medicine” que chegou à simples conclusão que, da mesma forma que a dança nos ajuda fisicamente – queimando calorias, exercitando o corpo e mantendo-nos em forma – os seus efeitos sobre o cérebro são igualmente positivas: não só aumenta significativamente a agilidade mental, como até reduz o risco de doenças com uma forte componente de demência, como o Alzheimer, por exemplo. Ao longo de 21 anos, o estudo envolveu pessoas com mais de 75 anos de idade e observou a influência da prática de atividades cognitivas e físicas na luta contra a demência. Os resultados são surpreendentes: dançar frequentemente reduz o risco de demência em 76%! Segue-se a realização de palavras cruzadas 4 vezes por semana (reduz o risco de demência em 47%) e a leitura (reduz o risco de demência em 35%). Apesar dos seus óbvios benefícios físicos (nomeadamente cardiovasculares), a prática de modalidades desportivas como a natação, ciclismo ou golfe não contribuem para a redução do risco de demência. É caso para dizer, dance pela sua saúde!
Porque é que dançar faz bem ao cérebro?
Estimular a inteligência e o raciocínio e assim assegurar uma agilidade mental saudável, em qualquer idade, passa por estimular o próprio cérebro com coisas novas e diferentes, que nos obrigam a pensar de forma criativa e “fora da caixa”. Quando isto acontece, a luz da “lâmpada” que existe dentro do nosso cérebro brilha cada vez mais forte. Se o cérebro estiver habituado a lidar sempre com as mesmas coisas, sempre da mesma fora, o cérebro não é suficientemente estimulado e, consequentemente, a luz da “lâmpada” torna-se cada vez mais fraca. E é aí que doenças relacionadas com demência podem facilmente instalar-se. Ao aumentar a nossa reserva cognitiva, reduzimos significativamente o risco de sofrer de uma doença como Alzheimer. E é precisamente aqui que a dança se destaca: por ser uma atividade que requer decisões rápidas e constantes, a sua ação sobre o cérebro é extremamente positiva.
Mais dança, mais inteligência
Este estudo não só demonstrou que a dança pode tornar-nos mais inteligentes, mais rápidos a pensar e a conseguir soluções criativas, como revelou que dançar é ainda uma arma poderosa no afastamento de doenças degenerativas. Para além disso, quanto mais dançar melhor! E para potenciar ainda mais os efeitos da dança sobre o cérebro, deve optar por aprender diferentes estilos de dança (quanto mais exigentes, melhor!), improvisar sempre que possível (ao invés de cingir-se a passos coreografados) e se dançar a dois, trocar de parceiro de dança as vezes que puder… para manter a atividade interessante e o cérebro ativo! Precisa de mais algum motive para pisar a pista de dança?