Vamos dançar hip-hop?
A dar cor, vida e movimento aos vídeos e espetáculos dos rappers e artistas mais conhecidos do mundo e até em programas televisivos dedicados à dança, enquanto estilo artístico o hip-hop engloba artes tão diversas como a música, a dança, a moda e até mesmo os graffiti. No fundo, o hip-hop vai muito além da pista da dança, para ser considerado um verdadeiro estilo de vida. Curioso? Fique a conhecer um pouco mais sobre este estilo que deu os seus primeiros passos de dança na década de 70.
Variações do hip-hop
Dentro da dança hip-hop, existem vários estilos: a começar pelo clássico “breakdance”, sem esquecer o inconfundível “locking” e “popping”, todos eles desenvolvidos na década de 70, nos Estados Unidos da América. O estilo mais puro deste tipo de dança é o “breakdance”, que surgiu com James Brown a tentar acompanhar os ritmos das suas músicas. A partir daí, rapidamente estes movimentos começaram a ser imitados por todo o mundo, tornando-se um estilo de dança muito próprio.
Inicialmente, o “breakdance” começou por usar apenas movimentos “toprock”, ou seja, de pé. Estas danças são geralmente executadas em grupos ou crews, sendo o mais famoso deles todos o Rock Steady Crew.
O “locking” era originalmente chamado de “campbellocking”, tendo sido criado e trabalhado em Los Angeles. Hoje em dia, o “locking” é semelhante ao “popping”, e o seu nome vem da palavra “lock” – significando “fechar” ou “trancar”. Este foi o movimento inicialmente usado na dança e que é similar a um “freeze”, movimento “congelar” que tem as suas raízes no “breakdancing”. Esta dança é conhecida pelas paragens e continuações repentinas de movimento.
O “popping” nasceu pelas mãos e pés de Sam Solomon, na Califórnia, e baseia-se na técnica rápida de contração e relaxamento dos músculos para causar um empurrão no corpo do dançarino, chamado de pop. Cada dançarino tem de estar completamente sincronizado com as batidas da música e este estilo de dança inclui dois movimentos principais: deslizar e flutuar. Usando as pernas e os pés, se estes movimentos forem bem executados, o dançarino aparenta estar a deslizar sobre o gelo, de uma forma que quase parece fácil de imitar. Mas a verdade é que o mundo da dança reconhece o hip-hop como sendo bastante difícil de executar e de uma complexidade elevada devido à sua exigência muscular e abdominal.
A mediatização do hip-hop
A arte que é dançar hip-hop tornou-se muito popular e permitiu a competitividade entre diferentes crews, mas também dançarinos individuais – onde todos querem ser os melhores hip-hoppers! Algumas das competições mais conhecidas são a Battle of the Year, B-Boy Summit, Freestyle Session, The Notorious IBE, Juste Debout, entre muitas outras.
Para além dos prémios monetários e contratos, estas competições permitem a subida do prestígio e o crescimento em termos de experiência. É com estes eventos e as suas classificações que as crews sobem e são internacionalmente reconhecidas. Muitos dos grupos que entraram em filmes de dança, séries de TV e grupos que acompanham artistas famosos geralmente começam nestas competições e a partir daí criam o seu nome no mundo do hip-hop.
Hoje em dia, o impacto destas danças está nos próprios cantores e dançarinos famosos do estilo que conseguem levar o seu talento mais além, criando a sua própria imagem de marca. Dois estilos de dança muito famosos dentro do hip-hop nasceram de duas estrelas musicais: MC Hammer, que inventou a dança Hammer, e Digital Undergroud, que desenvolveu a dança Humpty. Estas duas tiveram um grande pico de popularidade mas vieram a desaparecer rapidamente… isto porque o hip-hop está em constante mutação e as tendências somem e seguem.
Outro fator decisivo que contribuiu para o crescimento e popularidade do hip-hop foram os famosos programas de caça talentos e competições de dança. Para além de mostrarem ao mundo que o hip-hop é um estilo de dança tão válido como o sapateado ou o tango, estas competições vieram encorajar as pessoas a experimentarem mais e a viverem mais o hip-hop.
Convencido? Vamos dançar!